Cansativo se lido de um só fôlego
3 stars
Confesso que, para além de uma crónica ou outra, nunca tinha lido nenhum dos livros de crónicas publicações de Ricardo Araújo Pereira (RAP). Dele, apenas li o seu ensaio – acho que podemos chamar-lhe isso – sobre o humor “A Doença, o Sofrimento e a Morte entram num Bar”.
Sobre este “Ideias Concretas sobre Vagas” – temos que reconhecer que o RAP arranca bons títulos – não há, de facto, muito a referir, e também é verdade que ninguém vai ao engano: o livro é claramente anunciado como uma seleção de textos publicados na revista Visão e na Folha de São Paulo, durante a pandemia da COVID-19.
Sendo um livro curto, é verdade que se lê quase de um fôlego, mas atendendo ao formato, acabei por ir lendo apenas um par de crónicas por dia. E na verdade, não conseguiria lê-lo de outra forma, uma vez que, ao fim de …
Confesso que, para além de uma crónica ou outra, nunca tinha lido nenhum dos livros de crónicas publicações de Ricardo Araújo Pereira (RAP). Dele, apenas li o seu ensaio – acho que podemos chamar-lhe isso – sobre o humor “A Doença, o Sofrimento e a Morte entram num Bar”.
Sobre este “Ideias Concretas sobre Vagas” – temos que reconhecer que o RAP arranca bons títulos – não há, de facto, muito a referir, e também é verdade que ninguém vai ao engano: o livro é claramente anunciado como uma seleção de textos publicados na revista Visão e na Folha de São Paulo, durante a pandemia da COVID-19.
Sendo um livro curto, é verdade que se lê quase de um fôlego, mas atendendo ao formato, acabei por ir lendo apenas um par de crónicas por dia. E na verdade, não conseguiria lê-lo de outra forma, uma vez que, ao fim de alguns textos, sente-se a necessidade de parar. Talvez porque os textos recalcam o tema da COVID-19 e de todas as vicissitudes em torno dela, começa a pairar algum aborrecimento que nos impele a pousar o livro, e só voltar a ele mais tarde. Digamos que temos a necessidade de “limpar o palato” para não enjoar.
O humor cáustico, característico do RAP está lá, sem dúvida, mas ao longo das 45 crónicas que compõe o livro, retêm-se apenas algumas passagens que podem ser consideradas mais interessantes. O resto é, por assim dizer, “mais do mesmo”.
Um livro mediano que pode agradar a quem procure uma pequena distração, mas que será mais efémero que a própria COVID-19.