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Sinceramente, não sou muito fã de livros de autoajuda, ou livros desta temática, mas, de vez em quando, lá agarro um para dar uma espreitadela. Este foi o caso de um livro que vi na estante das novidades da Biblioteca Municipal de Coimbra e pensei "meh... porque não?". Para variar, este foi um livro que não desiludiu: mau, mau, mau. Se já é difícil acreditar que a autora tenha uma formação onde aplica tudo o que diz ensinar no livro, mais difícil é acreditar que, através deste livro, se consegue alguma coisa do que expõe.

Para o final, eu não lia o livro, apenas ia passando os olhos para ver se encontrava alguma coisa que valesse a pena. Spoiler alert: não há.

Simplesmente para esquecer...

Honestly, I'm not a big fan of self-help books or books on this theme, but every now and then I pick one up to have a look. This was the case with a book I saw on the novelties shelf at the Coimbra Municipal Library. At the time I thought "meh... why not?". For a change, this was a book that didn't disappoint: bad, bad, bad. If it's hard enough to believe that the author has some sort of training course where she applies everything she says she teaches in the book, it's harder to believe that, through this book, you can achieve anything she claims.

Towards the end, I didn't exactly read the book, I just skimmed through it to see if I could find anything worthwhile. Spoiler alert: there isn't.

Just ignore this book...

Confesso que, para além de uma crónica ou outra, nunca tinha lido nenhum dos livros de crónicas publicações de Ricardo Araújo Pereira (RAP). Dele, apenas li o seu ensaio – acho que podemos chamar-lhe isso – sobre o humor “A Doença, o Sofrimento e a Morte entram num Bar”.

Sobre este “Ideias Concretas sobre Vagas” – temos que reconhecer que o RAP arranca bons títulos – não há, de facto, muito a referir, e também é verdade que ninguém vai ao engano: o livro é claramente anunciado como uma seleção de textos publicados na revista Visão e na Folha de São Paulo, durante a pandemia da COVID-19.

Sendo um livro curto, é verdade que se lê quase de um fôlego, mas atendendo ao formato, acabei por ir lendo apenas um par de crónicas por dia. E na verdade, não conseguiria lê-lo de outra forma, uma vez que, ao fim de alguns textos, sente-se a necessidade de parar. Talvez porque os textos recalcam o tema da COVID-19 e de todas as vicissitudes em torno dela, começa a pairar algum aborrecimento que nos impele a pousar o livro, e só voltar a ele mais tarde. Digamos que temos a necessidade de “limpar o palato” para não enjoar.

O humor cáustico, característico do RAP está lá, sem dúvida, mas ao longo das 45 crónicas que compõe o livro, retêm-se apenas algumas passagens que podem ser consideradas mais interessantes. O resto é, por assim dizer, “mais do mesmo”.

Um livro mediano que pode agradar a quem procure uma pequena distração, mas que será mais efémero que a própria COVID-19.